É comum vermos pessoas extremamente preocupadas com o número que aparece ao subir na balança. A sensação de alegria ou de tristeza ao ver que perdeu ou que ganhou peso é imediata. Mas o que de fato significa esse número?
Muitas pessoas acreditam que ganhar peso é sinônimo de engordar e que perder peso é sinônimo de emagrecer. Porém, isso não é, necessariamente, uma verdade. O aumento do número que aparece ao subir na balança pode significar o ganho não só de gordura, mas também o ganho de massa muscular e o acúmulo de líquido.
O mesmo acontece para a redução do número na balança, que pode corresponder à perda de massa muscular, à perda de líquido ou à perda de gordura. Isso ocorre porque o peso corporal é composto por diversos fatores como ossos, órgãos, fluidos, músculos e gordura.
Uma das principais variáveis que provoca alterações no peso é a retenção de líquido. Ela pode estar associada a alterações hormonais, como período pré-menstrual; ao consumo de alimentos ricos em sódio; à falta de atividade física; à baixa ingestão de líquidos; às variações de temperatura e de pressão, como andar de avião; ao estresse; à ansiedade; ao uso de medicamentos, além de condições específicas de saúde, como problemas cardíacos e problemas renais.
Se repararmos no nosso corpo ao longo de um dia veremos que o peso irá oscilar, desde o momento em que acordamos até o momento em que vamos dormir, mesmo que fiquemos em repouso e em jejum. Tudo isso devido, principalmente, à retenção de líquidos que ocorre naturalmente.
Além disso, quando há redução de gordura corporal concomitantemente ao ganho de músculo, pode não ocorrer alteração do peso ou, até mesmo, o aumento dele, devido ao aumento da massa muscular. Por esses motivos, não é correto considerarmos apenas o número mostrado pela balança como sinônimo de emagrecer ou engordar.
Para compreender os processos de redução e de ganho de gordura corporal, bem como os de redução e ganho de massa muscular, é necessário ir além da balança. É importante realizar um acompanhamento, junto a um profissional, por meio de métodos de avaliação da composição corporal, como a bioimpedância e as dobras cutâneas.
Esses métodos são capazes de estimar o percentual de gordura e de massa muscular e requerem cuidados para a aplicação. A bioimpedância, por exemplo, pode ter o seu resultado alterado de acordo com o grau de hidratação do paciente e com a prática de exercícios físicos no período anterior ao exame.
Portanto, antes de se desesperar ao subir na balança e se deparar com o aumento ou com a redução do número que lá aparece, procure entender o que aquele número quer dizer e qual o significado dele para o seu objetivo específico. Quando pensamos em emagrecimento e ganho de massa muscular é preciso ir além do peso e compreender a composição corporal, além de contextualizar sempre com os aspectos qualitativos da alimentação.
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